Explorando o "Sharing Model" do Salesforce: Estratégias de Colaboração e Segurança de Dados
- Raphael Becker
- 19 de abr.
- 4 min de leitura
Descubra como o "Sharing Model" do Salesforce ajuda a proteger dados sensíveis e a promover a colaboração eficiente.

O Modelo de Compartilhamento (Sharing Model) do Salesforce: Guia Completo
Salesforce organiza o acesso aos dados de maneira estratégica, começando com a configuração mais restritiva e se abrindo gradualmente conforme as necessidades de negócio. Este modelo, conhecido como "Sharing Model", é fundamental para proteger as informações, aumentar a colaboração e garantir que cada usuário acesse apenas o que realmente precisa.
A seguir, exploramos em detalhes os principais componentes do Sharing Model, com exemplos práticos de como utilizá-los no dia a dia.
👥 1. Perfis (Profiles):
Os perfis são a base do acesso aos objetos no Salesforce. Eles definem as permissões básicas que um usuário possui em relação aos objetos, como a capacidade de criar, editar ou visualizar registros.
Exemplo prático: Um perfil chamado "Vendas" pode ter permissões para:
Criar e editar oportunidades;
Somente visualizar registros de contas e contatos;
Acessar relatórios e dashboards específicos.
Os perfis são ideais para configurar o acesso de grupos amplos de usuários com funções similares. É recomendável evitar perfis excessivamente permissivos para garantir a segurança.
⚠️ 2. Conjuntos de Permissões (Permission Sets):
Os conjuntos de permissões são "superpoderes" que permitem adicionar permissões específicas a um usuário sem alterar seu perfil base. Isso oferece flexibilidade e economia de tempo.
Exemplo prático:
Um representante de vendas precisa, temporariamente, de acesso ao objeto "Faturas" para colaborar em uma negociação.
Em vez de alterar seu perfil, o administrador atribui a ele um conjunto de permissões que concede acesso ao objeto por um período limitado.
Dessa forma, você pode personalizar o acesso sem comprometer a estrutura organizacional.
🔍 3. Hierarquia de Funções (Role Hierarchy):
A hierarquia de funções permite que os dados fluam de forma hierárquica, onde os usuários em níveis superiores podem visualizar os registros de seus subordinados.
Exemplo prático:
Um gerente regional pode acessar as oportunidades criadas por sua equipe de vendas local.
No entanto, ele não pode visualizar registros de outras regiões, pois não está na mesma linha hierárquica.
Essa abordagem é útil para empresas que possuem organogramas claros e precisam respeitar as fronteiras de acesso dentro da organização.
📏 4. Regras de Compartilhamento (Sharing Rules):
As regras de compartilhamento permitem abrir o acesso entre usuários que não estão conectados hierarquicamente, promovendo maior colaboração entre equipes.
Exemplo prático:
Quando um cliente abre um caso de suporte, as oportunidades relacionadas podem ser compartilhadas com a equipe de suporte técnico para análise.
Isso facilita a resolução de problemas sem comprometer a segurança dos dados.
As regras de compartilhamento podem ser baseadas em critérios (ex.: status do cliente) ou em propriedade (ex.: registros pertencentes a um usuário específico).
🤝 5. Compartilhamento Manual (Manual Sharing):
O compartilhamento manual é usado quando você precisa compartilhar um registro individual com um colega ou grupo específico, de forma rápida e prática.
Exemplo prático:
Um representante de vendas compartilha um registro de conta com outro colega que está colaborando em uma proposta comercial.
Essa funcionalidade é especialmente útil para situações pontuais e colaborativas.
🔍 6. Compartilhamento por Equipe (Team Sharing):
O compartilhamento por equipe permite que grupos de usuários acessem registros relacionados a um cliente ou projeto, promovendo uma abordagem colaborativa.
Exemplo prático:
A equipe de contas pode acessar todos os registros associados a um cliente VIP, incluindo oportunidades, contatos e casos.
Equipes de suporte e vendas podem trabalhar juntas em um único registro para garantir uma experiência integrada ao cliente.
🗣️ 7. Grupos Públicos (Public Groups):
Os grupos públicos são usados para compartilhar registros com conjuntos predefinidos de usuários, como funções, territórios ou equipes interdepartamentais.
Exemplo prático:
Um grupo público chamado "Marketing e Vendas" permite que ambas as equipes acessem relatórios de campanhas publicitárias e conversões.
Eles são úteis para criar acessos cruzados sem a necessidade de configurar permissões individuais.
💻 8. Compartilhamento com Apex (Apex Sharing):
Quando as opções padrão não são suficientes, o Apex Sharing entra em cena. Ele permite criar regras de compartilhamento personalizadas baseadas em lógica empresarial avançada.
Exemplo prático:
Uma empresa pode criar uma regra para compartilhar automaticamente registros de oportunidades com base no valor do negócio e na localização do cliente.
Embora mais complexo, o Apex Sharing oferece flexibilidade ilimitada para atender às demandas mais específicas.
Benefícios do "Sharing Model"
O "Sharing Model" é uma ferramenta poderosa para equilibrar segurança e colaboração. Ao configurar corretamente os níveis de acesso, sua organização pode:
Proteger dados sensíveis contra acessos indevidos;
Promover a colaboração eficiente entre equipes;
Garantir conformidade com regulações e boas práticas de governança de dados.
Além disso, revisar regularmente as configurações de compartilhamento ajuda a manter o sistema alinhado às mudanças nas estruturas organizacionais e necessidades de negócio.
Conclusão
Com o "Sharing Model", o Salesforce oferece uma abordagem flexível e robusta para gerenciar o acesso a dados. Desde o uso de perfis e conjuntos de permissões até soluções avançadas como o Apex Sharing, há uma ferramenta para cada necessidade. Aproveitar essas funcionalidades pode transformar a maneira como sua equipe trabalha, promovendo eficiência, segurança e inovação.
Comentários